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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A gestão do seu call center é rentável?

Autor: Erik Mazzei
 
Atualmente o mercado de atendimento conta com tecnologias avançadas para atender ao consumidor considerando todas as tendências. Soluções de voz sobre IP, atendimento web, chat, e-mail, SMS, e até mais recentemente as mídias sociais. Já são muitos canais de atendimento disponíveis para se buscar a excelência no relacionamento entre empresa e cliente. Mas com um consumidor ávido por inovações e presente em praticamente todos os canais de comunicação, as empresas colaboram com este ciclo adotando novas tecnologias que prometem, entre outras coisas, resolver todos os problemas existentes no atendimento.
 
Considerando também o cenário de acirrada concorrência entre as empresas do setor de contact center e a notória variedade tecnológica, o que seria uma grande oportunidade de apresentar ao mercado, às empresas e ao consumidor, um modelo eficiente, lucrativo de operação, tem na verdade se mostrado um modelo bastante custoso o qual, no final, todos pagam por ele. Todos, sem exceção.
 
Tenho visto grandes empresas, de poderosas marcas, desperdiçando grandes quantias financeiras com delicados fluxos para a correção dos seus processos, em função de penalizações e erros operacionais. Sem falar no grande esforço, e mais custos, para não prejudicar a imagem criada através das caríssimas campanhas de marketing. No final, perde o prestador, com multas sufocantes e margens pífias, perde o contratante, com problemas operacionais e com suas valiosas marcas, mas perde também o consumidor, que na maioria das vezes acaba lesado por toda essa problemática em cadeia.
 
O que proponho aqui é convidar você para uma reflexão com base em duas perguntas: Será que, em pleno século 21, não temos condições de otimizar toda esta tecnologia disponível a serviço da eficiência operacional? É utópico acreditar em exigências cada vez mais especificas sem o ônus da qualidade, e ainda com assertividade e no menor tempo possível?
 
Ok, a tarefa definitivamente não é das mais simples. Mas o fato é que muitas empresas ainda acreditam que vão resolver seus problemas operacionais, como num passe de mágica,  investindo basicamente em treinamento e aplicando soluções descentralizadas na tela do operador, por vezes, envolvendo várias tecnologias. É como diz o ditado: Isto é "tapar o sol com a peneira", e alguns estudos comprovam esta realidade.
 
Segundo pesquisa "Tech Trend 2012 - O caminho mais rápido para o futuro", realizada pela IBM com líderes e tomadores de decisões de 1,2 mil empresas no mundo, mesmo com todo o aparato das tecnologias em nuvem, mobilidade, business analytics e social business sinalizados como tendências para os negócios nos próximos anos, cerca de 90% das empresas ouvidas confirmam que seus profissionais ainda não estão qualificados para atuar com estes recursos. A regra do jogo no ambiente de negócio nunca esteve tão voltada à eficiência. Contratantes e empresas prestadoras de serviços buscam por inovações que aperfeiçoem os processos, de maneira que um operador tenha menores chances de erro e ainda contribuam para reduzir o tempo de atendimento de forma assertiva, com fácil compreensão e, acima de tudo, traga resultados e qualidade ao atendimento.
 
Levantamento recente realizado pela G4 Solutions concluiu que a otimização, a qual integra e automatiza processos, acarretou em forte impacto na qualidade do atendimento com incremento de, no mínimo, dois pontos percentuais na nota de avaliação e ainda, reduzindo o tempo de atendimento em até 20%, o que contribuiu consideravelmente para ampliar a margem de lucro da operação.
 
Cada vez mais o consumidor busca novas experiências com a marca e o call center ainda é um dos principais canais de relacionamento. Por isso, tendo a qualidade no atendimento como obrigação, devemos considerar que eficiência é fazer mais com menos. Isto é o que buscam verdadeiramente todos os clientes. Vale a pena a reflexão.
 
Erik Mazzei é diretor comercial e de marketing da G4 Solutions.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

URA humanizada: só porque é modismo?

Autor: Ana Elisa Moreira Ferreira

Os atendimentos eletrônicos não são uma opção, mas uma estratégia de relacionamento com o cliente que envolve tecnologia para facilitar o acesso aos serviços, mas deve considerar suas satisfações e anseios ao utilizar esse recurso.
É fato que algumas empresas optam pela URA para reter o cliente neste atendimento eletrônico e, por consequência, reduzir custos em seu call center. Essa é a 1ª motivação para a humanização da URA. De fato o retorno do investimento acontece. Mas será que a URA tradicional utiliza todo esse potencial de retenção? Outra reflexão importante para empresas que prezam pela fidelização do cliente com satisfação é se os cliente permanecem na URA por reconhecer sua competência ou falta de opção ou até mesmo imposição.
Num projeto de humanização da URA esse retorno acontece com valorização do cliente e considerando suas experiências positivas na relação com esse atendimento eletrônico.
Mas, se as pesquisas com clientes mostram que suas preferências no relacionamento por telefone é sempre falar com o atendimento humano, o que faria o cliente optar por resolver seus problemas e solicitações na URA?
A humanização da URA aplica metodologia que reduz a rejeição natural que os clientes tem para falar com máquinas, aumentando a retenção por meio da satisfação do cliente em obter respostas automatizadas. Uma URA comunicativa e acessível promove a vontade do cliente em navegar em sua árvore de diálogo. Não é mais um atendimento imposto ao cliente, mas uma escolha. A opção de falar com o atendente até pode se apresentar no 1º menu, mas a sensação de atendimento eficaz, com uma conversação agradável que se assemelhe ao humano, ajuda na opção por serviços nesse sistema, inibindo ou reduzindo a vontade de digitar 9 "para falar com o atendente".
São vários os aspectos customizados em uma URA humanizada: a voz deve ter um perfil que identifique a marca que representa, a fraseologia facilitadora da comunicação com o estilo de cliente que acessa esses serviços, o caminho claro, direto e fácil de navegar, e com funcionalidades tecnológicas que viabilizem um contato rápido.
Mas a humanização da URA deve fazer parte de um projeto de gestão das experiências desse cliente na URA, não apenas oferecendo uma linguagem coloquial, até por que nem sempre somente isso funciona. Mas deve-se ampliar a gama de serviços e facilitar o acesso a eles.
Se a crítica que se faz ao atendimento humano é que muitas vezes nossos agentes são mais robotizados do que as máquinas, certamente o cliente irá preferir uma máquina URA humanizada, que é cordial na essência de sua comunicação, entende suas necessidades e encaminha ou até mesmo oferece a solução a comunicação.
Ana Elisa Moreira Ferreira é fonoaudióloga especialista em voz e diretora executiva da Univoz.

Netcallcenter faz previsões para 2013

A Netcallcenter, empresa brasileira que comercializa franquias de call center, divulgou as previsões para o setor em 2013. Segundo Clarice Kobayashi, vice-presidente de marketing e novos negócios da empresa, explica que a aposta, basicamente, pode ser resumida em maior preparo e amadurecimento do segmento. Conheça abaixo as tendências apontadas com base na opinião de especialistas e estudos da companhia:
Um novo perfil para o atendente
Já é sabido que o consumidor geração Y ou Z não gosta de falar. Ele gosta de teclar, pesquisar no Google, postar e compartilhar. Munido de informações, este consumidor habituado a procurar ofertas e exigir informações com riqueza de detalhes, tanto quanto o Google ou a Wikipédia poderiam oferecer, está mexendo com o perfil dos atendentes, transformando-o em uma espécie de consultor. Gradativamente, competências específicas, seja na área de saúde, beleza, investimentos, seguros e muitas outras, serão mais exigidas pelo mercado. Esses mesmo consultores terão cada vez mais autonomia para decidir e resolver, de acordo com as regras estabelecidas nos diferentes níveis de autorização sistêmica.
Conteúdo e poder na ponta
Controles por "telas únicas" evoluíram morosamente, com algum avanço significativo nos últimos três anos. Neste período, o próprio consumidor também amadureceu. Hoje, já não há espaço para a superficialidade ou para o gerúndio na área de relacionamento com o cliente. Maior autonomia e pronta solução da demanda no primeiro contato com o consumidor é mais que um desejo, uma realidade cada vez mais percebida. O poder na ponta - ou seja, nas mãos do atendente - se torna vital porque o cliente não pode e não gosta de esperar. A interminável música ao fundo e pedir para repetir tudo outra vez são modelos com vida comprometida.
Uma nova competência em prol da profissionalização
Separar os dados relevantes, estratificar as informações para gerar uma informação cujo conhecimento possa ser aplicado à tomada de decisão. "A visão sistêmica para a análise de dados norteará as tomadas de decisão, aumentando a relevância do CMT (Chief Marketing Technologist), profissional com grupo de profissionais diretos ou pares que atuam dentro da empresa e que possui conhecimentos de tecnologia e estratégias alinhadas à visão de marketing", explica a executiva.
Internalização de serviços terceirizados e terceirização por especialização
Há um movimento de internalização de serviços até então terceirizados notado em 2012 e que deverá continuar a acontecer em 2013. As empresas prestadoras de serviços, pressionadas para oferecer serviços com custos reduzidos, otimizaram tudo além do que podiam, ampliando inclusive a dificuldade de retenção de talentos e bons profissionais das empresas de call centers. O que se percebe é que à medida que o "core business" das empresas contratantes é identificado e redefinido, métricas reais são implementadas. Aí a retomada da terceirização pode virar novamente a melhor opção para essas empresas. "Esta retomada acontece especialmente para nichos e por competência, ou seja, automatizar o que faz sentido automatizar e falar com o consumidor o que agrega conteúdo e valor. Este é o desafio", explica Clarice. Os grandes volumes de atendimento deverão ser automatizados via website, autoatendimento, atendentes virtuais com análise semânticas para resposta automática e assertivas, entre outras funcionalidades.
Assertividade via big data
As centrais de atendimento estão aumentando o uso de recursos tecnológicos. A forte demanda percebida em 2012 deve ser ainda mais marcante em 2013. O impacto positivo decorrente do crescimento das classes C e D no Brasil, constituindo uma "grande massa" de consumidores, exige rápida compreensão e dinamismo das empresas de contact center. "A tecnologia tem se mostrado a maior aliada na competitiva missão de compreender e atingir adequadamente este público", comenta Clarice. A coleta por dados de potenciais compradores para gerar ações que aumentem a conversão é uma exigência mercadológica.
Cloud Computing
Em 2013, vamos ver o amadurecimento dos recursos disponíveis da chamada "computação em nuvem". Falou-se bastante, mas nem tanto foi implementado, e algumas iniciativas deram errado. "Uma tecnologia que depende de infraestrutura em um país onde a banda larga ainda é precária se torna um entrave", avalia a vice-presidente da Netcallcenter. Muitas empresas que passaram a adotar a tecnologia e tiveram que voltar atrás estão, agora, refazendo da forma correta: colocar na "nuvem" o que realmente funciona em "nuvem", com os pré-requisitos necessários. Os fornecedores e os contratantes destas ofertas também estão mais profissionalizados.