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domingo, 2 de setembro de 2012

Terceirização como alternativa de gestão

A terceirização de mão de obra temporária e efetiva é uma tendência mundial. E o Brasil é o 4º maior gerador de empregos temporários no mundo em um ranking de 33 países, à frente de França e Alemanha, mas ainda muito longe dos Estados Unidos, que ocupa a liderança do ranking, segundo o Cieet (The Agency Work Industry Around the World - 2010, com base nos dados disponíveis em 2008). Mas por que terceirizar? Terceirizando a empresa tomadora dos serviços pode concentrar suas energias em seu core business, gerando produtividade, qualidade, facilidade de gestão, segurança nas relações trabalhistas e em muitos casos economia.
Para sobreviver e se destacar no mercado competitivo, as empresas devem planejar suas atividades constantemente e a terceirização está, hoje, inserida nos conceitos de administração eficaz. A terceirização é, cada vez mais, uma realidade nas empresas brasileiras e deve ser vista como uma ferramenta gerencial.
O conceito de terceirização é excelente, porém, deve-se ter todo cuidado ao contratar uma empresa de terceirização de mão de obra efetiva ou temporária (Lei 6.019/74). Infelizmente, ainda não existe uma regulamentação para a terceirização no Brasil, muito embora exista um forte movimento para isso. Por essa razão, algumas falhas no processo de seleção e gestão dos fornecedores acabam prejudicando principalmente a segurança deste contrato.
Para firmar uma parceria com um fornecedor, é necessário que você conheça a fundo sua empresa de terceirização. É interessante que saiba sobre sua solidez financeira, sobre seu passivo trabalhista e como ela se relaciona com seus atuais clientes. Analise também o histórico dos sócios. Por outro lado, é importante salientar que, embora a terceirização possa ser uma fonte de redução de custos operacionais e de encargos sociais, ela não pode ser vista apenas como uma opção de economia. Por isso, as oportunidades de trabalho geradas via agências de terceirização de um dado tipo de serviço devem sempre ser compatíveis com o que a empresa tomadora oferece aos seus atuais empregados. Há de se valorizar o trabalhador, sempre respeitando a legislação vigente.
Existem muitas empresas que, no desespero de gerar negócios e a fim de viabilizá-los, se esquecem de que existe toda uma legislação para ser respeitada. Se você for contratar, há duas opções legais: prazo indeterminado (CLT) ou determinado (Lei 6.019/74). Esteja atento! Prefira fornecedores que demonstrem claramente sua preocupação com respeito à Legislação Trabalhista e Tributária. Certifique-se também se existe política de treinamento e reciclagem, e como funciona o suporte e comunicação do empregado terceirizado com a agência contratante. Não se pode deixar o maior ativo da empresa sem suporte.
Um dos exemplos mais críticos de terceirização são os call centers de grandes organizações, como as empresas de cartão de crédito ou telefonia celular. Quem nunca precisou desse serviço e pode, perplexo, perceber a falta de conhecimento dos processos da organização contratante, por parte da contratada; a baixa qualidade de atendimento ao cliente; o atendimento "engessado"; entre outros pontos críticos, que, com certeza, são decorrentes da falta de treinamento dos terceiros.
Por outro lado, entre a principal e indiscutível vantagem da terceirização está a liberação do contratante para focar seus esforços no seu core business. No caso da Work Able, que trabalha há mais de 20 anos com terceirização de serviço de mão de obra para ações de trade e promoção no ponto-de-venda, acreditamos nessa prática por liberar o cliente de atividades como seleção, admissão, substituição de funcionários em caso de afastamentos, além de treinamento dos profissionais e acompanhamento de suas atividades em lojas de varejo (home centers, farmácias, supermercados etc).
Diante da necessidade de transformações nos meios produtivos, a fim de economizar e aproveitar melhor os recursos, visando o aumento da competitividade nas organizações, a terceirização torna-se, cada vez mais, uma alternativa amplamente praticada em diversas partes do mundo e em diversos setores da economia, como condomínios, bancos, shoppings, indústrias etc. Mas devemos estar atentos a esse processo, a essa tendência. Como sempre digo, devemos ser empresas de pessoas para pessoas. Sem o capital humano a organização não existe. Administradores de empresas sabem da necessidade dos resultados numéricos, mas o grande segredo é investir nas pessoas, seja nas que buscam por meio de serviço de terceirização de mão de obra, via agência, ou diretamente em seus quadros de talentos. Valorizar os profissionais, esse é o grande segredo de uma gestão eficiente. E você? Já avaliou qual a melhor alternativa para o seu negócio? Pense nisso!
Jonathan Dagues é CEO da Work Able Group, director do comitê de trade marketing da Ampro e coordenador de promoção e merchandising no Sindeprestem.

sábado, 1 de setembro de 2012

Relacionamento acima da tecnologia

Não há fórmula para o sucesso, mas existem regras básicas que precisam ser consideradas para o bom funcionamento de um negócio. Não importa se é uma micro ou uma grande empresa, para se manter no mercado é preciso que haja planejamento, organização financeira e bons funcionários, por exemplo. Mas um princípio básico que não pode ser esquecido é o relacionamento com o cliente. Fidelizar clientes é fundamental e requer muito mais que um SAC ou uma central de atendimento.
Estamos em um momento em que as organizações precisam estar preparadas para atender clientes de diferentes perfis. As classes C e D estão em ascensão e cada vez mais tem o seu poder de compra aumentado. As gerações X, Y e Z estão aí, cada uma com uma característica particular. E também é preciso considerar que as pessoas utilizam e incorporam mais rapidamente as novas tecnologias ao seu dia a dia. Hoje, as empresas precisam estar preparadas para atender os heavy users de tecnologia e redes sociais.
Diante de tantos perfis, o que fazer? Para as micro e pequenas empresas talvez este relacionamento seja mais fácil. Dependendo do negócio, o contato com o cliente é bem próximo, o que permite conhecer melhor o perfil da pessoa e oferecer um atendimento mais personalizado e com maior atenção. Além de ter um feedback quase instantâneo, o que possibilita corrigir os erros rapidamente.
Por isso, o feeling de quem presta o atendimento é fundamental. Lidar com pessoas não é uma tarefa fácil e saber avaliar as reações de um cliente em determinada situação é imprescindível. Sem esta percepção apurada, por mais sinais que o cliente ´emita´ de sua insatisfação não há como melhorar o atendimento ou resolver a questão.
Mas este relacionamento próximo já não é possível para as empresas de médio e grande porte. Uma rede varejista não pode apenas confiar no feeling vendedor, por exemplo. Nestes casos, um bom treinamento e políticas internas de atendimento e relacionamento são fundamentais para evitar problemas e fazer o possível para que o cliente fique satisfeito. Um bom exemplo é a troca de mercadorias, as lojas não são obrigadas a fazer a troca de roupas se o problema for o tamanho, mas a grande maioria faz para satisfazer o cliente.
Muitas organizações acreditam que apenas disponibilizar uma central telefônica de relacionamento é o suficiente para atender as demandas (reclamações, dúvidas, elogios e outros) dos clientes. Mas isso não é o ideal. Na verdade, sabemos que poucos são os que ligarão para reclamar. A grande maioria só entrará em contato quando houver um problema grave. Quase nenhuma pessoa ligará para fazer um elogio. E os outros simplesmente não voltarão a comprar na loja ou utilizar o serviço.
Além dos diferentes perfis de consumidores, outra questão que precisa ser levada em consideração são as redes sociais, que permitiram aos clientes terem mais um canal de divulgação. Qualquer ideia, pensamento ou opinião pode ser compartilhada com os amigos e este podem dividir com outros amigos e o processo não tem fim. Não é possível mensurar as consequências dos comentários. Um cliente insatisfeito pode não ligar na central de relacionamento, mas reclamar para a sua rede de amigos e fazer com que todos acreditem que aquela loja, produto ou serviço é ruim.
O relacionamento, antes de qualquer coisa, acontece entre pessoas. Não adianta uma empresa ter só a melhor tecnologia, é preciso que o cliente sinta que ele pode entrar em contato e que será feito o possível para solucionar a questão, com um atendimento humano e atencioso. Certamente, uma boa solução dá ao atendente uma ótima base para oferecer um bom atendimento, mas conhecer o cliente, treinar os colaboradores e oferecer um ambiente de trabalho agradável são fundamentais.
Por Carlos Carlucci
Carlos Carlucci é country manager da Vocalcom Brasil.